Fim do corpo físico
Meus cabelos ralos
Minha voz rouca
Meu olhar abatido
Meus pulmões estragados
Minhas pernas cortadas
Minha couraça queimada
Minhas mãos decepadas
Meu coração dilacerado
Minhas costas apedrejadas
Meus braços apreendidos
Minha barriga flácida
Meus olhos cegos
Minha garganta enforcada
Minhas orelhas entoadas
No fracasso do perdão
No embaraço da falência
Os soldados só não comeram minha alma
Por ser pobre
E meu corpo físico não poder escrever mais poesia...