Eu...
Eu...
A realidade dura um piscar de olhos
Vai-se de forma que você nunca saberá...
De onde veio, ou porque veio.
Ando entre paredes, feitas de neblina.
Meus olhos anseiam pela luz;
Porém diante dela enxergam escuridão.
Lágrimas derramadas...
Por quem? Não sei
Talvez por mim
Pois minha sombra no espelho
É tão triste às vezes,
Minhas alegrias molduro...
E coloco em lugares de destaque
Entre as brumas da memória
Nunca fico pra ver aonde deixo a tristeza
Pois me divido em três;
Para ser eterna e esquecida, mortal e lembrada.
Meu sorriso, nunca diz nada...
Porém meu olhar desvenda minha alma
Faço mil personagens
E vivo cada dia uma vida,
Com os mesmos personagens
Com as mesmas intensidades no sentir
Escolho meu par ou ele me escolhe
Dou-lhe meu ser,
Porém amanhã, será um novo dia.
Todos os dias mudo,
Nem que seja o modo de me ver
Valorizo apenas aqueles que me são queridos.
Posso ser capaz de tudo por você...
Porém, não queira me manipular...
Pois me magou com coisas pequenas
Sou capaz em nome do que sinto
Perdoar muitas coisas,
Mas como eu disse (ou direi?)...
Sou como as brumas...
Imprevisível;
Diferente, misteriosa.
Minha imagem, hoje é diferente do ontem.
Só tenho uma certeza.
Sou única, doce, amarga,
Sutil e marcante.
Se digo que amo, amo, se confio, confio.
Sou uma, duas, três...
Sou eu apenas.
E você só tem que entender que a realidade...
É diferente todo o dia
O que você vê...
Pode não ser o que eu vejo
Não espero que sintas o que eu sinto
Então não me peça pra ver igual aos outros
Pois todas as muitas pessoas que fui e serei
São iguais, unicamente a mim.
Se quiser viver a minha realidade
Basta fechar os olhos e viver a tua.
Pois o resto...
Fica mais simples no próximo piscar de olhos.
Vivian Sales de Oliveira.
07/01/03