Morte de Mim
O mais íntimo quarto do meu psíquico
interiorizado no saguão existencial
ocultado pelo meu ego superficial
o qual levo a surrar a cada dia
fuminando o que sou
desfigurando minha carne
tento silenciar o grito do meu ego
fazê-lo tornar-se cada dia mais cego
separando da alma a carne pecadora
e os pensamentos que outrora
alvoroçavam meus sentimentos
traiam-me em alguns momentos
transformando a cadeia cinética fechada em aberta
levando-me a ficar cada dia em mais alerta
e hoje, com derrotas e vitórias
em cada experiência empírica
aprendi a me negar
me encontrei onde me perdia
transformei tudo em poesia
e finalmente, no fim do infinito
tornei o normal em esquisito
e o que era loucura em sabedoria
definiu o que realmente eu seria!