Orgulho em erupção

Ninguém tropeça numa montanha,e uma discreta

pedra,presa ao caminho,pode te derrubar.

Ah,que ódio felino!!

Quisera poder devorar-me a mim mesma!

outro sentimento melhor não exprime minha indignação.

Doem,lacinantes,as feridas do corpo,

Mas quão terrível é reconhecer

Ter falhado no banal acaso.

Ó criatura desprezível que me julgo,

Na angústia corroendo a parte tola de mim.

Falhar no óbvio?!

Que coisa é mais humilhante?

Miséravel condição humana

De conhecer a composição terrestre

Em tabelas químicas,dentro da complexibilidade quântica,

E equivocar-se nos primeiros conceitos numéricos da

infância.

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Nota:Aos amigos que acompanham minhas publicações,devo justificar o estilo(nada costumeiro) dessa minha "suposta poesia".Na verdade ela é somente a tentativa de tirar proveito de um surto de ira resultante de,por uma falta de atenção,ter comprometido uma questão importante de uma avaliação prestada hoje(por incrível que parece não foi prova relativa a nenhuma ciência exata).É fácil conter o orgulho quando conscientemente reconhecemos não ter investido suficientemente em algo,é culpa lógica,mas errar num ponto de domínio "acorda qualquer vulcão".(Quase quatro horas depois do lastimoso ocorrido,o vulcão adormece..."a fumaça" que sobra me deixa uma lição:os defeitos mal combatidos mais facilmente entram em erupção).

Heli Paula
Enviado por Heli Paula em 21/06/2006
Código do texto: T179421