POEMA MUDO
No agrilhoar das palavras que, sem fala
Compõe os versos de um poema mudo
Eu me leio e, absurdamente, me escuto
Traduzo-me nas vezes em que me enleio
Nas entrelinhas de seus versos confusos
Já não se faz ouvir no que diz, o poema
Posto que chama sem a chama da voz
Mas, sou audível na mudez do fonema
As letras manumitem-se das homilias
Sem audição, seriam meros teoremas
Ouço-me nas palavras que se calam
E calo-me, muitas vezes, falando
Ivone Alves SOL
******************** INTERAÇÃO **********************
Ivone vou lhe dizer algo que você já sabe
A natureza não cabe dizer se é certo ou não
Mas o nosso coração nunca se perde de vista
E nos fornece a pista do que queremos falar...
As vezes balbuciar quer dizer muita conversa,
Outra hora o falar se quer apara as arestas,
O impacto do que se diz e que se escreve com giz,
Pode não representar o que se quer denunciar...
Mas o conjunto dos fatos unido aos nossos atos,
Estes sim vão alcançar os nossos objetivos,
Reais e subjetivos da alma e do coração...
Se quiser arrefecer o seu modo de viver,
Seja sincera consigo pense no que vai dizer,
Ao se pronunciar saiba que Deus ta com você...
Miguel Jacó
Obrigada Miguel, pela interação. Seja sempre bem vindo ao meu cantinho!