Alma de Poesia

Hoje voei pro fundo da minha alma,

Encontrei luzes apagadas, mofo, teias de aranha, e um vestígio de alegria,

Uma folha de papel com um verso de amor, com muita rima paixão e calor!

E resolvi revistar os outros cantinhos da alma, em busca de outras pistas,

Encontrei um cd, antigo, com muitas músicas românticas,

E uma carta, onde ainda podia-se sentir um leve perfume e a emoção que carregava,

Andei mais um pouco até um cômodo onde tudo estava intacto, mas a escuridão não deixava se ver absolutamente nada,

Daí encontrei uma janela, estava enferrujada, mas com muita força consegui abri-la,

E de fora veio uma luz que chegou a doer os meus olhos, iluminando aquele quarto e fazendo com que eu visse como tudo era lindo cheio de fantasia, imaginação, romantismo, sonhos, palavras doces,

Então vi um espelho e uma imagem foi refletida,

Uma jovem senhora, ainda no auge de sua beleza, com traços de sofrimento, mas um ar doce no olhar, as mãos livres para amar, e uma vida toda esperando para ser feliz.

Era eu, eu me reconheci, e reconheci a minha alma, que estava esquecida, que não sonhava mais, não pintava sus letras no papel e se trancou numa escuridão onde ninguém mais poderia vê-la, onde ninguém mais seria privilegiado em ler seus sonhos lindos, se emocionar,

Eu estava recostada numa tristeza sem tamanho.

Hoje fiz as pazes com os meus sonhos,

Abri uma janela pra voar e essa nunca mais vou deixar fechar

Sabe porque? Sou uma Alma de Poesia,

O meu dever é fazer o mundo, sonhar, se emocionar, rir, chorar, o meu dom é com meus versos, encantar!

Carla Bueno, 07:59, sexta-feira, 05/05/2006

Carla Bueno
Enviado por Carla Bueno em 07/10/2009
Reeditado em 06/05/2015
Código do texto: T1853804
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