(imagem Google)



Calabouço Da Imaginação


Travei com o acordo ortográfico, calabouço da imaginação, um escrever convencionado, esquematizado em um só padrão;

Escrita pré definida, o trema virou um vilão, lingüiça é boa com farofa, independente do acento ou não;

Pingüim não se tem por perto, por que a preocupação, se acento ali existe, se é certo, errado ou não, continuará despreocupado com mudança de norma ou não;

Esqueçamos toda essa asneira, em unificar a exteriorização, das palavras que são juntadas, irrelevante exatidão;

Não ligo se o agudo convém, ou se convem tem acento ou não tem, o tem é assim que se escreve, no plural o agudo contêm, essas coisas são complicadas, não sei acentuar o contem;

Mudemos a nossa cabeça, deixemos o padrão de lado, valorizar a escrita mais simples deveria ser o maior tratado;

Não sou algum anarquista, nem tenho preguiça não, em me moldar ao definido, o que acho é uma coisa esquisita, perder tanto tempo com regras, norma culta e convenção, formalizando o escrever, o transformando em prisão;

Quem ler o que escrevo e não concordar com minha visão, não sabe brincar com as palavras, e não tem a vocação, de externar os pensamentos, usando acentos ou não, o que vale é a mensagem, que não tem formato não, se isolem em seus mundos, vão fazer reunião, pensar como os poetas, que não ligam pra exatidão, com palavras desconexas aquecem o coração, e comem suas linguiças cultas com a farofa da criação, se lixando se há trema, ou se agradam alguém ou não.



O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 12/10/2009
Reeditado em 12/02/2011
Código do texto: T1862603
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