Não sei o sentido destes versos

Apenas quero escrever o que penso

Não estou preocupado com o rigor dos versos

Tipo: “ amor é ó calor”, ou “Amor igual a dor”

Apenas escrevo o que penso ao observar o mundo

Mas ao meu gole de vodka que desce gelado na garganta

Escuto uma voz grave a chorar sobre minha vida

Não sei ao certo o que é certo, se realmente é certo.

Pego meu copo, reflito, e tento chegar a uma conclusão

Aquela voz grave entra dentro de meu ser de uma forma...

Mesmo tentando ser um José, ou um Alvaro de Campos, ou sei lá quem.

Desfruto de toda a tenacidade de um pensamento voraz

Que às vezes passa desapercebido com o cantar dos pássaros

E a música aflora dentro de meu ser escutando, escutando.....

Aquela voz, maldita! Aquela voz! Penetra dentre de meu ser

Será que escuto meu coração, ou escuto a desilusão....

Difícil quando a alma não é pequena como o poeta.

Como é difícil acabar um poema! Principalmente este!

No entanto, vos digo, o coração continua apertado

E sempre cheio de novos horizontes...

Mas, pego-me ao bar, e a realidade vem a cair

De copo a copo penso sobre o mundo,

E chego a conclusão: Qual mesmo????