Passagem pela morte

Mãos enrugadas

Como uma maçã podre e sem casca

Passa o vento e leva a noite

É assim que se cria a própria sorte

Não tenho mais o velho espírito

Mais converso com os deuses

Arregaço as mangas e desenho um risco

Ainda mais se ver que eu não existo

Eu amanheço a cada manhã

Declaro guerra às corujas

Não culpe a mim seja o culpado

O tempo passa e os anos caem para todo lado.

Eu conheço bem o destino das pessoas

Reza implora pelo sacrifício

O canto leva, leva embora o desperdício

Espero pela morte

Como se fosse à vida

Aumenta o medo em extinção

Ouve com os ouvidos mais sente com o coração

Quando o canto da morte o escuro e sóbrio

Lança seu olhar

Mata e declara o fim da vida

Dor que tanto me imprimia

Talvez a morte seja o começo da vida.

Dekatria
Enviado por Dekatria em 20/11/2009
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