Brisa da margem
Vejo as escuras o lamento dos esquecidos
E a vida em comum por este detalhe
Tornou-se seu castigo
As cortinas são todas de vidro e a consciência jamais fora cultivada
Os olhos em torpor fingem
Mais aos desperdícios se valem
Viver um dia na incerteza
Beijar a manhã com a brisa da margem
Comer dos frutos aos cães tirados
Tentar fazer da vida o que ainda não lhe restou