DELÍRIO SEM MOTIVO APARENTE

Centelhas e luzernas prolíficas

Andaluzam imponentes canções lascivas.

O sol irradia

Ogivas de miséria, banzo, amor, alegria

Sobre os poros que umedecem a janela d’alma da vida.

Brumas do assíduo precipício

Colonizam-me a ermida

Das caras utopias.

Ergo jardins botânicos da viscosa manhã de esperanças

Sobre a imensurável estrada renitente

Das minhas mentais móbiles-errâncias.

Temeridade, padecimento e sageza

Deambulam --- de mãos dadas ---

Pelos parques, avenidas,

Becos, países, congostas ou sinuosas vias

Do loquaz silêncio que habita

O casarão das vivências incontavelmente vividas.

Ah,

Reinos da lírica distância,

Vocês são artesãos

Que modelam a massa das ilusões

E das lembranças!

Ah, sambódromos do sentimento,

São senhores e artífices que erigem

Castelos de alvenaria da amorosa razão,

Infelizmente oxidados e demolidos

Pelo salitre do MAR-TEMPO-LIMÃO!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

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JESSÉ BARBOSA
Enviado por JESSÉ BARBOSA em 19/12/2009
Código do texto: T1985855
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