Cinzas

Fluiu o tempo, sem alento a dor de sempre

De nada, de graça, de acontecimento

Mais um verão, mais um natal e mais um carnaval no calendário

Estive de portas e janelas abertas

E a espera

A mesma, os mesmos anjos, cânticos, trombetas anunciando

Renascimento, ano novo

Virão as cinzas

Ainda no verão

Fatalmente

Finalmente?

18 dezembro 2009