Elogios Vãos

Não, não me elogies

Nem tentes me enganar,

Por favor, não...

Teus elogios, entendo,

Tentam manter longe e

A salvo, arredio coração.

E não é por não me amar, sei,

É por querer-te preservar.

Sei que pra ti é difícil

Sobre coisas da alma falar.

Quando pergunto:

“Como vai você?”

Para mim é claro:

Se pergunto, é fato,

Quero bem sabê-lo.

Pra desviar de ti a atenção

Me vens com tantos elogios,

Gentis e puros, porém vãos.

E em ti só me fazem pensar

Com maior cuidado, amor,

Preocupação.

Queres esconder-te de mim

E em nome de nossa amizade

Só me resta dizer “Sim!”

Respeito tua vontade...

Estarei sempre aqui

Para ouvir-te com prazer

Sempre que quiseres comigo ter.

A mim importa sim,

E muito, tua felicidade

E bem-viver.

Peço a ti, no entanto:

“Não me elogies mais...”

Isso não me faz melhor sentir,

Mostra somente claro:

Ajudar a ti, no fundo,

Isso inda não consegui.

Na escola da vida não há mestres,

Somos todos aprendizes

E colaboradores

Quem mestre se diz, denota:

Bem pouco aprendeu até aqui.

Nota:

Trata-se de um poema pessoal, para uma estrela especial, uma que não é parte das constelações deste recanto. Publico aqui só por ser parte de meus experimentos literários.

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Da série

‘Poesia básica trivial e necessária - para mim!! -

Verso de cada dia nos dai hoje, sim?’