MOLDANDO...
 

Eu escrevo como quem tem pressa.
Como quem come com boca cheia na hora da fome.
Como quem grita de dor na hora do parto.
Escrevo como quem tem sede de vida.
Escrevo aquilo que sai da alma, não da boca.
Escrevo sobre a vida,
toco na ferida.
Sofro, amo, choro.
E ainda assim, naquilo que me consome,
busco matar minha fome
de escrever o que me sacia,
sem temer, sem hesitar
e sei
que a vida aos poucos vai se moldar
nas formas da minha poesia.