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Chego em casa...

Tiro os sapatos

Cheios de poeira

e sofrimentos

Assovio um canto

e largo em um canto

minha elegante bolsa

repleta de tormentos.

Em poucos momentos

Dispo-me inteira:

Tiro o vestido da eficiência

as meias-finas da coerência

A roupa íntima da discrição;

Desfaço toda a maquiagem

Tirando a máscara da coragem

E o batom da ilusão...

E é assim despida

De qualquer aparência

Que pela primeira vez no dia

Sinto em mim a alegria

De poder ser eu mesma...