Praça Pública às Moscas
 
 
Vazios, teus bancos gritam por oratória
Onde estão os deuses letrados?
Parados, inertes na contemplação...
Dormes silente na inanição dos vocábulos
 
Balanços agitam-se ao vento do desinteresse
Infantes dormitam mais cedo
Detentores do saber esbaldam-se em regozijo
 
Hexápodes fazem a festa no vácuo do Coliseu
Nem Nero toca sua lira ou compõem odes ao Intelecto
 
De que adianta uma existência fenecida?
Melhor esvaneceres a gritar inoperância...
 
Os incautos que ainda restam são vociferados pela capitania
Nau à deriva submerge no blecaute..
 
Eu contemplo tua derrocada... E  não digo mais nada!
 


*Dedicado àqueles que pensam que sabem tudo, mas não sabem nada...