A LUZ DO AZUL-NEGRUME

O vento devassa o tédio:

No lugar onde antes

Prosperava a atmosfera da ausência,

Florescem, agora,

Vagas de calor e humor psicodélico.

A noite em remanso

Absconde um turbilhão

De enigmas e perigos:

A prata da lua

Testemunha êxtases,

Dores, sonhos, estertores, uivos assassinos, a marmórea secura

Que se propala pelo universo infinito!

O olor da urina

É o noturno perfume citadino:

Uma saudade visceral

Enlanguesce o corpo,

Embriagando a mente

De melancolia, alegria e nitroglicerina

Quando sorvo sentimentos de absinto e nicotina-saliva.

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JESSÉ BARBOSA
Enviado por JESSÉ BARBOSA em 08/02/2010
Código do texto: T2075627
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