Num tremendo desalinho
de astros desgovernados
meu fogo ficou fraquinho
em tardes de alta solidão.

Encolheram-se os caminhos
secaram-me alguns veios
e escureceram o verão.

Não nego minha transição,
mas entre o hoje e o amanhã
há uma passagem pelo meio:


E se hoje eu sou um vinhedo
entre a lágrima e o folguedo
entre o enredo e a
abstração

amanhã, serei taça de vinho!

Silvia Regina Costa Lima

2 de fevereiro de 2010

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 10/02/2010
Reeditado em 28/05/2019
Código do texto: T2080420
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