Teu despir

Quando te despes, contrafeita em teu pudor,

Disfarçando a tua própria insegurança,

Demonstras, na mensagem do oprimido,

Que te perdes, mas não perdes a esperança!

Quem te vê e não compreende a tua luta

Te sente externamente e não teu interior,

Na verdade não percebe o teu despir

E olhando certamente não te vê

Como eu vejo e percebo o teu sensor,

Sinto desejo e amor... e compreendo você.

Você que não foge da luta

Mas luta de forma errada

Como a vida lhe ensina

Nas esquinas, na calçada...

Pois se hoje o teu deslize

Deixa-te à margem da vida

Não é a vida que te engana

É você que se engana... com a vida!

05/06/90

Lourenço Oliveira
Enviado por Lourenço Oliveira em 04/08/2006
Reeditado em 28/02/2024
Código do texto: T209198
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