Teu despir
Quando te despes, contrafeita em teu pudor,
Disfarçando a tua própria insegurança,
Demonstras, na mensagem do oprimido,
Que te perdes, mas não perdes a esperança!
Quem te vê e não compreende a tua luta
Te sente externamente e não teu interior,
Na verdade não percebe o teu despir
E olhando certamente não te vê
Como eu vejo e percebo o teu sensor,
Sinto desejo e amor... e compreendo você.
Você que não foge da luta
Mas luta de forma errada
Como a vida lhe ensina
Nas esquinas, na calçada...
Pois se hoje o teu deslize
Deixa-te à margem da vida
Não é a vida que te engana
É você que se engana... com a vida!
05/06/90