LAVANDO MÁGOAS

Com o todo o respeito que devemos as aguas

À beira do rio façamos uma verdadeira prece

Para que, ainda em meio as seca mais arduas

As aguas que nos refrigeram nunca sequem

Mesmo que as águas não lavassem as magoas

Elas traziam consigo uma alegria tão verdadeira

Que alguns cardumes que por ali se arriscavam

Encantaram-se com os tristes olhos das lavadeiras

Magoas são como o rio que por ali ligeiro passa

Pois então que siga o seu fadado destino

Não se atenham lavadeiras às desgraças

Não merecem a dor que estejam sentindo

Olhem este rio que as fita com seu carinho

Vai garboso no seu leito e ele é tão moço

Veja as tantas magoas que tira do caminho

Não há homem, capaz de tamanho esforço

A Alma de um Poeta(Pinho Sannasc)
Enviado por A Alma de um Poeta(Pinho Sannasc) em 14/03/2010
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