PERGUNTAS
De tudo o que sei
É com o que eu não sei,
Que mais me espanto.
São minhas perguntas,
Que me estruturam
E que me desmancham...
E, se encontro respostas,
São apenas propostas refutáveis
Indagáveis verdades – prontas...
Tão óbvias quanto abstrusas!
Intrusos saberes disseminados,
Dissimulados traços do que se quer,
Efígie distorcida do que se tem.
Ignoro-me, como resposta
E, nas minhas perquires,
Eu continuo sendo perguntas,
Apenas perguntas...
Ivone Alves SOL