MÃOS VAZIAS!

De que adianta todo dia pensar,

Levantar... Agregar,

O ter... Só o ter... Ao invés do ser;

O correr... Correr...

Ao invés do prazer.

Ter tempo pra tudo,

Quando o tudo fica... Fica!

De que adianta alimentar o egoísmo,

Que tanto alimenta o ser egoísta...

De que adianta? Não sei...

Ou sei... Sei lá.

Triste verdade que nos assombra,

Confronta com “nossa verdade”...

De que adianta se o tempo avança,

Desvela tudo... E tudo que resta,

No triste fim de tudo,

É o ser que levamos,

O sentido que damos,

O amor que amamos,

O coração cheio... De amor,

De amor que cultivamos...

Nas mãos vazias que entrelaçamos.

Sonia Murbach
Enviado por Sonia Murbach em 04/04/2010
Reeditado em 04/04/2010
Código do texto: T2176112
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