Eu

Tenho tão pouco do antigo eu,
sou pouco do nada que passou,
uma poesia que não mereceu,
a flor que antes lhe inspirou!

Sou o feto que depois retrocedeu,
voltando ao lugar em que morou,
o mundo que não me recebeu,
bem fez, pelo hálito que exalou!

Digo sempre, é possivel ser a flor,
e o punhal que corrompe a alma,
mas ninguém é tudo sem a dor,
nem amor sem conhecer o trauma!

Tenho tanto do que antes eu seria,
portanto, nada do que poderia ser,
porque hoje não tenho por covardia,
tudo que com coragem poderia ter!

xxeasxx


Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 06/04/2010
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T2181096
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