O homem é como um rio
Tem inicio, meio e fim
Turbulência e mansidão
Rasura e profundidade
Correntezas e precipícios

Incerto nas corredeiras
Acolhedor nos remansos

Ora é limpo, ora é sujo
Transparente nos rasos
Misterioso nos escuros

É amado e indiferente
Vive em solidão
O meio o altera
Pode se tornar violento  
Destrói e recria
Depois volta ao seu leito
Habitual

Leva a vida no seu seio
Está predestinado sempre
A seguir viagem
E a desaparecer
Para renascer todo momento

Tem obsessão de ser grande
Como os rios, todos tem o mesmo destino
Desaguar num mar desconhecido
Sua libertação,
Seu exílio derradeiro
Sua morte.

 
 

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 18/04/2010
Reeditado em 27/08/2016
Código do texto: T2204018
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.