Auto-retrato
Você não mede o tamanho do meu orgulho
E orgulho de mulher ferido é jamais sarado
E esta ferida em mim aberta acaba sendo chaga
E sabes que não corro atrás de pingo de amor chorado
Quando diz que não eu simplesmente aceito
E quando volto atrás eu jamais me esqueço
O não anterior continua latente
E ele que nesta ilusão continuo persistente
Cuidado com as palavras e a pedra atirada
São coisas que jamais voltarão para trás
São coisas que ferem e não tem remédio
E pouco remendo não me satisfaz
Sou menina birrenta, menina mimada
E se assim sou não tem jeito não
Se me quiser que seja incondicionalmente
Com meus defeitos, minha confusão
Garanto uma mulher única e as vezes me desfaço
Faça o que digo mas não faça o que faço
Se eu digo um não e voltar a dizer sim
Aceite e não questione este pedacinho de mim
Magna Fernandes (07/01/2009 20: hs)