Nós e o Mundo lá fora


talvez os melhores cérebros do mundo
não sejam suficiente pra trazer a paz mundial
talvez teremos que esperar o passaro com o ramo na boca chegar
ou ver voltar o próximo raio de sol do novo milênio
em meio a nuvens de radiação
em meio a sementes novas contaminadas ou não
nadando em águas quentes sem se sentir
queimando dentro de si mesmo
com sentimento de “não-perdão” eterno

é a guerra que sustenta os lá de fora
é essa hipersexualidade que se reflete
vinda de outros ou vai para outros mundos
é essa tua mera falsidade que te corrompe
e agora você me aparece sorrindo insossamente vinda do nada sem me acolher

não preciso mais de você pra ser feliz
tuas falsas vitórias e quilos de maquiagem cheirosa já não me são mais útil
teu rebolado não me encanta
e essa tua vaidade grotesca não me interessa trocar por meus livros

sou simples demais pra essa sua falsa magia em sua falsa personalidade
engula teus segredos como saliva seca
de quem faz burradas ao volante e não sabe pra onde ir
seus olhos verdes não me atraem mais
não assino mais o seu livro de presença no recanto dos desocupados
e por isso esquecer tuas desordens mentais não será assim tão difícil

nós declaramos guerras a nós mesmos
nós ficamos frustrados pelas nossas frustrações
nós desejamos o mal aos outros
e não queremos que ele naturalmente volte a nós
nós enxugamos prata das louças alheias e a cobiçamos

não adianta lutar por coisas que nunca vão te pertencer
deixe o curso orbital das coisas agir e se resigne
esse Sol não será só seu
ficaria feliz se eu te dissesse que talvez você deverá dividir com outros?

esse é meu mundo
esse é seu mundo
então não caia na ignorância-arrogância
de querer fugir das mesmas regras que nos tomam por filhos
você é como eu
não mais por sofrer mais
nem menos por ter menos
te ignoro pela tua simplicidade falsa
mas quem garante que você não poderá fazer o mesmo comigo
se por algum motivo em caísse no mesmo baixo grau que o teu?

não preciso mais dessas tuas psicoses
que você insiste em tornar coletiva através de mim tão inocentemente
continue dentro de tuas cobertas
e continue a não ver o que todo um mundo real tem pra te dar
essa sua vaidade ainda vai te matar
me de a liberdade de escolher ou não te salvar!

Rônaldy Lemos
Enviado por Rônaldy Lemos em 27/08/2006
Código do texto: T226342