VIVO E MORTO TAMBÉM.
VIVO E MORTO TAMBÉM.
De repente uma tontura,
De repente uma tortura,
Navega rapidamente em teu corpo,
Entrando em todos os canais
Todas as veias e um pouco mais,
A vista entorpece, os movimentos se tornam lentos,
Os pensamentos são de agilidade, mas sem realidade.
De repente uma voz ao longe,
De repente uma mascara azul na fronte,
E o som vai sumindo,
A sensação vai consumindo,
E neste momento.
Vazio...
Não se sonha, não se sente, não se pensa...
E depois de uma longa espera perdida no tempo,
Tudo volta...
As batidas do coração são acordes instrumentais,
A veia pulsante e alivio e tudo mais,
A sensação do ar entrando no corpo é alivio,
De se pensar que estava vivo, mas com sensação de morto!
(Minha sensação diante da experiência de ter passado pela anestesia geral.)
Luciene Cristina.