Meu tempo, meu tormento.
Meu coração, minha perdição.
Meu dia, meu constante vazio.
Minha noite, meu pernoite.
Minha saudade, minha fatalidade.
Meu destino, meu desalinho.
Meus amores, meus dissabores.
Minhas dores, meus açores.
Meu desejo, meu esquartejo. 
Meu corpo, meu transporte.
Meus olhos, minha janela.
Meus ouvidos, minha cisterna.
Meu nariz, meu verniz.
Meus braços, meus enlaces.
Minhas mãos, meus alçapões.
Meu peito, meu leito.
Minha boca, minha porta.
Minhas pernas, minha escada.
Meus pés, minhas asas.
Meu sexo, meu acesso.
Meu rosto, meu endereço.
Meu cabelo, meu elmo.
Minha língua, meu animal felino.
Minha família, indizível uma definição.
Meus sonhos, meus refúgios inglórios.
Minha poesia, o melhor de mim.
Meus poemas, meus anagramas e acrósticos pessoais.
Minha angústia, minha labuta injusta.
Meu órgão genital, meu punhal letal e abissal.
Minhas culpas e inocências, minhas chagas existenciais.
Minha vida, meu elo com o mundo.
Minha alma, meu cordão umbilical.
Minha essência espiritual, o que vai ficar pra sempre no tempo.
Meu esqueleto, meu pó terreno em aceno.
Minha morte, meu ultimo resquício de suplicio.
Meus pecados, meu atos permissíveis e consumíveis de perdão.
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 15/06/2010
Código do texto: T2321942
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