COISAS DA ALMA

O desejo da alma

Alma não sente...

Deslumbra-se na ênfase da razão.

Pra dizer, sereno

Pluralidade o convém,

Não se permite a anseio

Nem quanto vale a emoção.

Solene, revisa, exprime...

Enquanto a alma deserta

O que há dentro do coração.

Os sentimentos se desprendem,

Rebitam-se, saltitam...

Num leve palpitar formando a sensação.

Como o vento

No vazio do corpo

É alheio dos que não contém...

O unir do desabitar

Com o toque de todos os sentimentos.

Na alma as coisas maiores se simplificam

E as coisas menores expressam sustentação.

A falência que a flor demonstra

É o sumo que rega a alma...

Fluido declínio ao coração.

SÉRGIO CARVALHO
Enviado por SÉRGIO CARVALHO em 29/06/2010
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