COISAS DA ALMA
O desejo da alma
Alma não sente...
Deslumbra-se na ênfase da razão.
Pra dizer, sereno
Pluralidade o convém,
Não se permite a anseio
Nem quanto vale a emoção.
Solene, revisa, exprime...
Enquanto a alma deserta
O que há dentro do coração.
Os sentimentos se desprendem,
Rebitam-se, saltitam...
Num leve palpitar formando a sensação.
Como o vento
No vazio do corpo
É alheio dos que não contém...
O unir do desabitar
Com o toque de todos os sentimentos.
Na alma as coisas maiores se simplificam
E as coisas menores expressam sustentação.
A falência que a flor demonstra
É o sumo que rega a alma...
Fluido declínio ao coração.