Sou.

Sou a parte mais doce da fruta

E a metade azeda também

Sou a face que te encanta e ilude seus olhos

E aquela que você não tem

Sou a idéia , a revolta a questão

E tudo aquilo que eu nunca fiz

Sou a cor que estampa o humor

Sou o preto que te cai tão bem

Sou o pensamento comum

E a aversão de nele estar

Sou a parte quase-perfeita

E a parte que já não é mais assim

Sou o silêncio que está em seu redor

E a ausência do todo num só

Sou o medo de estar no escuro

Sou o triste, o frio e o clarão

Sou a brisa suave do vento

Sou o vento que leva teu teto

Terremoto que abre teu chão

Sou aquilo que não podes ver

Sou aquilo que tento esconder

Já não sei se sou a água ou vinho

Já não sei se estou no seu caminho

Não sei se os caminhos se cruzam

Mas constante é o pensamento.

Eu não sei se eu durmo ou respiro

Já não sei se sou a mesma de antes

Não posso ser o que eu queria

Esse ser me torna ocilante

Entre o ser que ainda não sou

E o ser que há no meu querer.

Sou a meia metade de mim

Metade que estar a sofrer

Metade um inteiro não é

E outra metade foi você

Stephanie Rayna
Enviado por Stephanie Rayna em 08/07/2010
Reeditado em 28/09/2010
Código do texto: T2366186
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.