A FORÇA DA PALAVRA
Todas as palavras ditas sem razão
Acabam de alguma forma ferindo
E marcam mais que as verdadeiras
E só sabe a dor quem está sentindo
Dor da palavra dita que como flecha atirada
Não volta, não conserta, não desmancha
Dor que não passa, não sara, não cicatriza
Dor que bálsamo algum alcança
E assim passam dias, meses, anos
E a palavra permanece em sua sina
A memória não apaga, o coração não esquece
E alma permanece pequenina
Não há antídoto, não há vacina
Que possa a palavra comandar
Somos humanos e como tal erramos
Somos falantes, não há como evitar
A maior arma humana disse um dia Jesus
É a língua que tanto fere como cura
É nossa melhor e nossa pior parte
É o anjo e o demônio que minha alma atura
Não existe para ela manual de instruções
Vamos vivendo, seguindo e aprendendo
Vamos controlando e sendo controlados
Ferindo, feridos, e nesta maratona crescendo
Magna F. 10:15hs do dia 9/06/2010