PEGADAS DE POESIA


Eu estou a deixar
Pegadas de poesia
Por onde ando
Por onde perambulo
Por onde calo
Por onde regalo e deflagro
Meus chavões existenciais.
Eu estou a deixar
Pegadas de poesia
Como alegorias vivas
Nos varais e muros
Em que empenduro e pulo.
Meus estopins antagônicos.
Eu estou a deixar
Pegadas de poesia
Em cada coração maculado
Pelo meu olhar estopim
Repartido ao meio
Entre o não e o sim
Capsulas do meu eu
Minhas sanções de mim.
Minhas prisões irreais e nada mais
Mas que cravam as unhas e dentes 
Nessa minha carne insossa e ruim.
Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 02/09/2010
Reeditado em 02/09/2010
Código do texto: T2475225
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