LINGUAGEM FIGURADA

LINGUAGEM FIGURADA

COMO PODE...?

O que eu imaginava ser tão certo, hoje ser tão inexato.

Insensato....Eu?

Como pode haver um abismo imenso entre o que é verossímil e o imaginário?

Antiquário, talvez seja o termo mais próximo.

Se as minhas certezas agora são só hipóteses,

Aposto que a “apóstrofe” devo citar;

Sempre antes de tudo por ora afirmar.

Se diante das antíteses de tudo o que estou ainda perduram em mim;

Pelo menos, pelo os meus pleonasmos que sempre, sempre expressei;

Redundam o muito pouco que penso que sei.

Por trás do meu mar de dúvidas, vejo uma parábola que ainda não consigo ver o seu fim.

As onomatopéias do relógio me chamam atenção ao tempo que bate a porta do meu ser;

E faço hipérbatos quando vejo que não me esforço por não me fazer entender.

O caro leitor que se esmera nessa linguagem figurada;

Perceberá que as hipérboles que cometo, são reflexos de uma série de zeugmas que omito, deixando sub-entendida a idéia que está sendo elaborada.

Quanta prosopopéia é o rugido daqueles que se fazem ausentes;

São seres invisíveis, transmitindo-me constantemente;

As mensagens que ecoam dentro da minha mente.

PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS)

26/04/2006