“Sorriso de Poeta”

Sorria poeta, sorria! Mesmo enfadado

Dos dias acinzentados, sem sol! Caminhe

Nas largas e solitárias ruas, mãos nos

Bolsos, passos largos, pensamento distante.

Sorria, mesmo que sangra o peito coberto

Por flanelas no clima de inverno em plena

Garoa deste entardecer monótono, tácito!

Tenha a cabeça erguida, na mente, a paz.

Sorria, ao encontro do mar, ouça as ondas,

Vê? Que ruges contra as rochas, de tal modo

A reclamar a cheia dos leitos assoberbados!

Vá poeta, vá por esta vida sem pressa de partir.

Sorria de tudo, menos das desgraças, ai não

Tem graça, só cabe o pranto e a força para

O recomeço. Depois sorria, e esqueças!

Vá a versejar seus poemas as belas moças.

Joel Costadelli
Enviado por Joel Costadelli em 22/09/2010
Código do texto: T2513535