TORRENCIALMENTE...

A chuva molha ácida

A minha basáltica cara.

A chuva carboniza ávida

Todo o meu lirismo-crisálida.

A chuva á maneira incendiária

É uma navalha que mata e retalha

A medula dos sentidos da minha verve magmática.

A chuva, todavia,

Embala a esperança

Que pujantemente palpita

Nos corações das sertanejas almas,

Fazendo da terra ressequida, inexoravelmente devastada

Infinitos reinos de cristalina água:

Contínua florescência majestática

Das cataratas do Iguaçu e do Niágara!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

JESSÉ BARBOSA
Enviado por JESSÉ BARBOSA em 03/10/2010
Código do texto: T2535207
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.