Neurose de mim mesma.

Quem teve a ideia de tirar-me o tempo,

De tirar os sonhos de minhas mãos

Não foi um indivíduo genial

Industrializou-me a mente, acorrentou-me o coração.

Fazendo-me funcionar no limite de minha loucura

Dando um curto-circuito em minha razão

E desses vinte e cinco anos que me dão

É tudo para mim menos motivo de felicitação

E quando agora, nesse instante solene.

Sinto vontade de entregar os pontos e cair em prantos

Lançar-me ao vazio de minha solidão

Deixando o seio frágil aberto

Para ser ferido sem piedade ou paixão

Surge de algum lugar, uma esperança de recomeçar.

Seguir por caminhos novos e livrar-me dessa ilusão

Recriando um mundo novo com minhas pequenas mãos

Libertando-me enfim de minha escura prisão...

Bêlit
Enviado por Bêlit em 04/10/2010
Código do texto: T2537397
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