"Eu, essa pessoinha..."
Limpa, descascada e sem caroço.
Fluindo, sem fintas e diluída.
Armazenando energias em sinfonia
Sem pólos, sem todos.
Somente você semente
Crescendo, brotando, vibrando
E uma enxada de cara magra
E cabo calejante.
Clara e sensual como a noite não dual.
É a vida que eu tracêjo e apago, fraquejo.
Seria eu somente a egoísta sereia.
Teria em minhas mãos o clarim
E meu diapasão à afinar o fim.
Do mundo dona
Amiga de todo o Mundo.
Nem passariam os dias
Os anos...
O tempo seria meu
E você a corda de meu relógio.
Acorda!
Eu, essa pessoinha.