A canção que não tem fim

Faço de mim o meu porto

E do rio o lodo

Da correnteza que regou o meu jardim

Faço da vida o meu castelo

E se nada te peço

É porque ainda não desisti

Faço da poesia meu desabafo

E desse chicote o laço

Que em solidão eu aprendi

Faço da rua a minha morada

E do silêncio a toada

De uma canção que não tem fim