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Fazer Arte,Minha Amada Vocação

Recitar é uma forma de fugir do psicológico limitado plano do papel, escapar dos meandros da fria folha com tinta e expor ao vento nossas divagações, com tão menos limitações e com muito mais candura, falar o que se quer falar, ouvindo o que se fala, inebriante sentir poético a curar as ardidas chagas de tantos impensados corações, recitar é juntar pensamentos, escrita, sentimento e voz, em um bailar apaixonante e inesquecível,a mais linda comunhão de sentidos,sentindo,ouvindo e sonhando,recitando a mais ardente e incansável contemplação, a arte de tentar vencer as tantas duras limitações, que já são cruamente a nós impostas, o empecilho de sentir a arte, a tão dolorosa arte de se esquivar do corriqueiro concreto e buscar algum vestígio da tão inacessível e imprescindível abstração, e inegavelmente, a árdua arte de se permanecer artista, acompanhado muitas vezes apenas da tão e fiel companheira apelidada de solidão,escrevo, recito e pelejo, fazer arte não é tão somente a minha mais intrínseca condição, é sobremaneira, minha verdadeira, insistente e resistente, porém, muito amada, minha mais real e verdadeira amada vocação,escrevendo,criando,sentindo e recitando,de qualquer forma que seja,vivo à minha maneira.
O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 20/11/2010
Reeditado em 11/02/2011
Código do texto: T2626745
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