O Falar Linguístico

Tudo que vejo e falo e ouço e aludo

São profundos e imensuráveis lugares de matizes mil

Funil infindável onde o pensamento se esconde

Monte de idéias desgovernadas, incompletas

Desertas sombras, natas e inatas metamorfoses

Incontroláveis sonhos que nascem cotidianamente

Nos passos que a gente dá em torno do mundo.

Um vagabundo sem lar, sem par, dialético

Vulgar, diálogo, dialogar...

Com quem dialogar se não tem um par?

Dialetar sem parentes nem lar

Caminhar sem par, pois se não tem...

Lá vem o escriba! Será?

Casar letra com letra, morfologizar?!

Cancioneiro, cantar, cantar, sentimentar...

Sentido vulgar, modo maneiro de falar

Forma formal de documentar

Qual é o meu lugar?

Sei lá!

Funcionalizar, gerativizar, modernizar?!

E aí? Onde será que ela está?

Gramaticalizar, funcionar...

E o mundo vulgar?

Profundo pensar

Imensurável lugar

Pesar, pesar...

Metáfora, metaforizar, sonhar...

Referência de um ponto no escuro

Por trás do muro está a sombra do futuro

Anáfora, referência catafórica

Metaforização!

Onde se escondeu o referenciar?

Lugar da língua, do linguajar...

E a escuridão do mundo leva pro fundo

Pro abismo, pro cognotivismo

O que pensei

Se eu sabia, hoje já não sei

E o cognoscitivo? E o impulsivo?

Viço maligno da esfera que ronda

E assombra com sua imensidão

A forma humana de visão.

Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 30/12/2010
Reeditado em 25/02/2011
Código do texto: T2700825
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.