CHUVA TRISTE :: ORA MANHOSA ::
ORA  DANOSA

 

Essa chuva manhosa

Que não nos diz a que veio

Será pra alimentar as flores, a Rosa?

 

Chuva manhosa

Em silêncio, devagar

A Terra estás a regar

 

Chuva manhosa

Água, Mãe generosa

 

És o canto de nossa alma

Suavidade que acalma

 

Do Ser Humano a dor

Com teus pingos de Amor

 

Chuva manhosa

Aqui tu és Mãe generosa!...

 
     

De repente...
Tudo fica diferente
Tua fúria é fremente!...






 


 Em outros céus no entanto
Teu mau humor causa espanto
Tuas nuvens ficam negras
Para ti não existe acalanto!

Chuva danosa

Ventania perigosa

Alagas, devastas

Tu pareces odiosa!

 

Por que tanta rudeza

Tanto peso em teu braço

Tanta fúria e malvadeza

Tu não sentes cansaço?

 

Se me podes ouvir

Escuta o que te vou dizer

Acalma-te, não te exaltes

Os humanos estão a sofrer!

 

Tu não és, chuva danosa,

Como esta chuva manhosa

Nossa amada Mãe generosa

 

Que purifica nosso céu

Permitindo-nos respirar

Que lava de nossa alma o véu!

Suaviza teu rancor
E quando tua ira abrandar
Transforma teu ódio em amor!


Só assim poderemos te amar!...

 

 

 

 

 

MARLLENE BORGES BRAGA