ABERTURA

Encontrei o meu lugar quando vi pela fenda do teu olhar

Senti toda a vida transmutada na gota de orvalho que lavara a minha retina

Vi que em toda lama há um espelho que reflete o medo de amar

Sentimento difuso que vigia o ser perdido em meio à chuva de enredos

Estou aqui, observando a vida pela curvatura do meu olhar

A imagem que guardo é secreta

Nem mesmo os anjos definiriam a solitude deste meu singelo TREMULAR...

Escura penumbra que invade-me devagar

Escuto os risos que escondem as lágrimas sombrias

A lua surge por detrás do monte invisível que segue meu olhar

Estou confusa e perdida neste novo estar

A claridade escuta-me e segue-me por todas as tuas noites

Aqui estou, e não me canso de crer neste AMOR que somente a lua embala!

Julia Rocha
Enviado por Julia Rocha em 17/01/2011
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