Morrer... quiçá?!

Hoje meu desejo é a morte

O Amanhã não pertence à poesia

Beberei cada gota de veneno

Que passa pelo tinteiro

Escrevo dentro de mim o medo

De viver a cada dia

De morrer a cada segundo

... Ontem já não sabia quem era

e agora menos ainda

Vou morrer para a minha morte

Estendida na varanda

... matando-me eu vivo

Vivendo mato-me ma ciranda

Agora só me resta o sobejo

que deixaram da ceia divina

< morte e vida >

Destino - sina...

Vou morrer por uns instantes

perderam-se as poesias

sem versos correndo nas veias

sem noites cavalgando nos dias...

O poeta já não morre

na estreiteza dos seus versos

que por si já vivem tanto

em cada esquina do imerso...

Julia Rocha
Enviado por Julia Rocha em 18/01/2011
Reeditado em 18/01/2011
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