A relação de todas as épocas

A relação de todas as épocas

Todos os tempos da humanidade

Apresentaram uma relação de poder

Entre o homem e o que ele há de ter

Desde que ele constituiu a sociedade.

Um rei, um líder para exercer

A governabilidade

Leis para pôr ordem, rigorosidade

Para controle o rei obter.

Decisão maior ao soberano

Maior posse das riquezas

Reinados que duravam anos.

Construtores de fortalezas

Pensamentos insanos

O poder e a liderança com certeza.

Monarquias absolutas

Nas épocas mais remotas

As terras eram as rotas

Para o domínio que da vitória resulta.

Terras, sinônimo de riqueza

Território, força e domínio

Para inimigos, restava o extermínio

Força escrava construindo fortalezas.

Nas terras escravos do patrocínio

Que rege a ambição e a proeza

Mais terras, a glória e a grandeza

Mais escravos sob seus domínios.

Eis as relações submissas

Entre o soberano e o preso inimigo

Alimentadas pela cobiça.

Trabalho escravo o duro castigo

Ambição que o poder atiça

O maior império do mundo antigo.

Terras demais para os raros

No regime monárquico

Rei, somente hierárquico

O poder e a submissão eram claros.

Marcel 22-06-10

A relação de todas as épocas II

Na Idade Média ela também existe

Sob a mesma forma

Pouca coisa se transforma

Mas sua essência ainda persiste.

O rei ainda é o que suborna

O poder é a grandeza que insiste

Quanto mais domínio se conquiste

Mais o domínio se transforma.

O poder ainda está na posse material

O rei com total jurisdição

O detentor do poderio transcendental.

Está na sua decisão

A palavra final

À que se precede a ação.

O poder ainda se liga as terras

A grandeza ainda é o que alimenta

O poder é mais forte e representa

Maior presença e trunfo na guerra.

As terras são doadas para o trabalho

Pelo rei para uso do escravismo

Eis aí o Feudalismo

E o escravo: “é para o que valho”.

O senhor feudal e seu determinismo

O escravo é utensílio de trabalho

É coisa não tem direito, sem ato falho

É para a terra e o feudalismo.

O escravo em submissão

Sem direito, sem descanso

Trabalha até a exaustão.

Deveria ser “cavalo” manso

Mas buscavam libertação

Mesmo sabendo “eu não alcanço”.

Viviam para trabalhar

Submissos à tragédia

Eram animais da Idade Média

Nunca iriam se igualar.

Marcel 22-06-10

A relação de todas as épocas III

Enfim, a modernidade

Novo tempo, muitas mudanças

O tempo da esperança

A vida em sociedade.

Surgimento das cidades

A monarquia já não é criança

O rei ainda pondera a mudança

A indústria ganhou a sociedade.

Já não é o rei que suborna

Mas a rotina de produção

Que a alienação retorna.

O mercantilismo em expansão

O lucro já toma forma

Essa é a grande ambição.

O poder é o domínio econômico

A ambição pelo mercado “incerto”

Os territórios recém-descobertos

A submissão em ritmo “atômico”.

Nas novas posses

A exploração regia

O escravismo era a metodologia

Da Metrópole surgiam “as vozes”.

O domínio, submissão aos “algozes”

Para alguns, a metrópole crescia

Outros, só o lucro os atraia

Esse era o destino das posses.

A submissão dos nativos

Inclusive na religião

E seus costumes “ofensivos”.

O catolicismo veio por imposição

No empecilho, morte aos nativos

A violência era o caminho da razão.

O poder e a submissão

Por desenvolvimento

Além de engrandecimento

Visavam à modernização.

Marcel 22-06-10

A relação de todas as épocas IV

Eis que no mundo contemporâneo

Surge o capitalismo

A moeda veio do mercantilismo

Para o poder, objetivo conterrâneo.

O lucro, o individualismo

A democracia e seu sonho espontâneo

A igualdade sem ser momentâneo

O desenvolvimento e o idealismo.

A República se instaura pelo mundo

O poder rege a ambição pelo mercado

O dinheiro, sonho maior e profundo.

O ódio também está incendiado

Pela ambição do homem oriundo

De um consciente perturbado.

O poder é a felicidade

Não os prazeres pequenos

A segurança ao próprio terreno

Exige alto preço e a liberdade.

A submissão ao nacionalismo

À segurança, conquistada pela guerra

A defesa da própria terra

A violência no capitalismo.

O ódio aí não se enterra

Aparece também no individualismo

Pelo sucesso no profissionalismo

O desejo que a igualdade emperra.

A submissão ao poderio material

À segurança privada

As guerras para a paz mundial.

Ditaduras foram instauradas

Submissão sem sentimento nacional

Uma nação redemocratizada.

O dinheiro traz o poder

Este a superioridade e o submisso

A igualdade é objetivo omisso

Superado pelo desejo de se ter.

Marcel 22-06-10

Marcel Lopes
Enviado por Marcel Lopes em 21/01/2011
Código do texto: T2742846
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.