Contradições

Na forte ventania
As árvores estremecem,
Folhas mortas sobem,
Folhas vivas descem

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Contradições I

Na noite obliqua e escura
Os olhos da tempestade fenecem
O turbilhão de vento sossega
Quando as estrelas reaparecem

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Coitado de mim

Escrevo,
Rumino ideias
Masco os versos
Como palavras
como se fossem
folhas que curam

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Minha Irmãzinha

Voa, voa, abelhinha
Porque não me diz o que é há
Voa, voa irmãzinha
Quando tu vais descansar?
 
Tua sina é fazer mel
Para  o adoçar o mundo
Que missão? O mundo é tão amargo, 
Tu nem podes imaginar!

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Cantata

Meus desejos andam pelo sol
Minhas mãos afagam as nuvens
Meus sonhos fecundam as estrelas
Sou o sentimento do amor !
Nas tardes envoltas em veludo 
Sento-me nos paredões do tempo
E converso com os sonhadores, meus irmãos
Gosto de estar no meio deles
Vivo em todos os lugares
Em meio aos indigentes, ou qualquer tipo de gente
Nos corredores da vida, nos leitos quentes
Navego nos rios perigosos da volúpia
O espírito das águas me conta estórias
Sobre um lugar alvíssimo de árvores esmaecidas
Onde anjos coletam flores azuis
Para enfeitar a celebração dos que amam!

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Vivo para que o céu te ilumine e vires minha estrela !

Tu és a estrela 
Do meu céu, 
Que nunca se apaga
 
Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 06/02/2011
Reeditado em 25/06/2018
Código do texto: T2775412
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