Dilúvios imaginários

Dilúvios imaginários

Meu cérebro é uma embarcação

Cujo comando é regido pela razão

Os neurônios são os tripulantes.

Os pensamentos são ondas gigantes

Colidem com meu barco todo instante

Pouco há salvação.

Dilúvios imaginários

Muitas vezes necessários

Para escrever.

É a intuição do poder

A permissão para exercer

A aplicação do questionário.

Mesmo que não seja uma pergunta

Dúvidas a minha cabeça junta

Sem saber a resposta.

É a embarcação presa na costa

Pois não fez a medida proposta

Ignorou as perguntas.

Os tripulantes nadam sem direção

Na busca pela compreensão

Das dúvidas intrigantes.

Embora sempre importantes

Elas formas ondas gigantes

Que afundam a embarcação.

Dilúvios que se passam

Outras vezes ameaçam

Rara é a calmaria.

Pouco se percebe o passar do dia

As dúvidas também trazem a ventania

Que a estrutura entrelaçam.

Haverá o dia em que irá ceder

Os tripulantes irão falecer

Não haverá resgate.

A razão não evitará o combate

Nada impedirá que se mate

A organização desse poder.

Marcel 22-06-09

Marcel Lopes
Enviado por Marcel Lopes em 15/02/2011
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