Vento Ávido

O vento ávido que urge,

E balança as folhas secas no chão,

É o mesmo vento voraz,

Que mexe com o meu coração.

Suas línguas invisíveis,

Delineiam-se sobre o horizonte anil.

Como as tenras palavras,

De contornos doce, e gentil.

O pólen das flores viaja sereno,

Bailando numa sinfonia elegante.

É o pólen que fertiliza,

Dá frutos e torna a natureza fascinante.

O vento move as velas,

Da nau rumo ao descobrimento.

É a mesma sutil corrente,

Que embala o meu pensamento.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 16/03/2011
Reeditado em 16/03/2011
Código do texto: T2851437
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