Light Blue
De um azul leve e suave era a cor do mar, dos meus pensamentos também.
E esses planavam sobre as águas, sem destino certo, sem hora para chegar a lugar nenhum.
Não precisava haver um porto, uma rocha, um pouso.
Sua vocação era o eterno voar, ou navegar, nas ondas tépidas da minha imaginação.
Não precisavam de nada, apenas do sentimento, da emoção mais profunda, como o próprio mar, profundo e desconhecido.
Que leveza, que suavidade, que delícia; sensação surgida, de repente das profundezas da minha alma, que se propagou e invadiu canais obstruídos até então, e fluiu, levemente.
Explicar? Para que?
Apenas deixar ser, e estar, e permitir o sonho, o sobre as águas deslizar, como um veleiro, de velas cheias, rumo ao horizonte, infinito horizonte, destino incerto;
leve e azul.