No Esgar da Solidão pressinto...
Ramos sêcos neste infinito:
A solidão mora sempre aqui;
Folhas mortas são o mito;
Deste inferno que habita em ti;
Cavalgar ao vento é que resisto...
Longe fica todo o infinito daqui!
No esgar da solidão pressinto
O soltar dos teus ramos sêcos;
O vento os arrasta no labirinto;
No eterno deserto de ventos
agrestes;
Dôres de arrasto que sinto...
Ramos sêcos que perdestes!
A árvore secou ficou sem vida:
Secou todo o amor, tanta solidão;
A estrada, labirinto com vida;
Ramos sêcos sem seiva, sem
coração;
Neste deserto se inicia a corrida...
Ventos que trazem a maldição!
05/04/2011
José Duarte André