Expecto
 
A agonia deste silêncio
A razão perdida
A emoção anestesiada
O corpo exausto
A expectativa comprimindo
A incerteza que condena
A incerteza que também salva
Aprendo a viver sem respostas
Não há explicação para muito
Por que uma interrupção de fluxos?
Por que uma bala na nuca?
Por que uma parada eletrizante?
Por que matar o amor?
Espantos diante do desamor
Mas tão aproveitadas possibilidades
Não se deixa escapar chances de destruição
E tudo que acerca são desmoronamentos
É muito prazer à espera e em causar dores
Toda bem-aventurança se transformou
Aplausos para guerras inúteis e dispensáveis
No entanto aquele apurado paladar por sangue
Aquele regalado prazer que dores causam
Estão, permanecem e ficarão
Bárbaros em suas barbaridades são inextinguíveis
E eu quero apenas uma notícia
Uma notícia que quero sem querer tanto
Uma novidade da qual tenho medo